É o pó extraído das folhas de tabaco que, moído e torrado e é assoprado no nariz por alguém ou sozinho. O hábito de consumir rapé era bastante difundido no Brasil até o início do século XX. Era visto de maneiras contraditórias: às vezes como hábito elegante, às vezes como vício. Há menções ao hábito em obras de Machado de Assis em O Bote de Rapé, de Helena Morley em Minha Vida de Menina, e de Eça de Queirós em Os Maias. Vendia-se em caixinhas dos mais diversos materiais, nobres ou não, tais como prata, madeira, papel machê à semelhança das caixas de fósforo conhecidas como tabaqueira. Algumas eram verdadeiras joias, finamente decoradas. Podia-se comprá-lo já ralado e pronto para consumo, ou ainda um pedaço de fumo inteiro. Nesse caso, com um minúsculo ralador ralava-se o fumo na hora para se obter um cheiro de qualidade superior, da mesma forma como, para se obter um bom café, o grão é moído na hora. Hoje o rapé é visto principalmente por suas propriedades espirituais em trabalhos xamânicos dentro da cultura indígena.